segunda-feira, 30 de junho de 2008

Cyberbárbaros digitais...

"Professor, o transferidor está descalibrado."

- de um aluno de engenharia eletrônica, 9o. período.

"Nois querem Internet"

- faixa impressa a laser em um centro comunitário.

E houve alguns outros. A fonte era um professor de Engenharia, que não se continha. Tudo porque peguei carona em algo que ele disse e retruquei, "Como dar teclado para quem nem sabe escrever?"

Tempos de ignorância digital...

domingo, 29 de junho de 2008

Ok...



... eles fizeram de novo.

E mais, não consigo dizer: apenas assistam.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Todos os Nossos Veteranos...

Então o Lula quis homenagear os veteranos do futebol, criando um fundo assistencial a jogadores de Copa do Mundo que estejam passando necessidade. Ok, bela homenagem.

Mas diz aqui uma coisa: como anda a situação dos nossos outros veteranos - os da FEB?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Historinha de terror...

... disneyana na vida real.

Caso o link não abra:

"Ativistas tentam libertar indiano preso por fazer de urso animal de estimação
Associated Press

Em Nova Déli (Índia)
Era para ser um conto de fadas de um homem que tirou das florestas do leste da Índia um urso órfão e o levou para casa para criá-lo como parte de sua família, consolando a filha pequena que havia acabado de perder a mãe. Mas quando funcionários de uma entidade do governo indiano conheceram a história na imprensa indiana, na última semana, o conto de fadas dissipou-se.

Ram Singh Munda, 35, foi preso por violar leis do país, que proíbem a domesticação de animais selvagens; o urso foi enviado a um zoológico onde tem se recusado a comer e a filha, de seis anos, foi mandada de navio a um orfanato estatal.

Agora, ativistas de defesa dos animais, impressionados pelo ato de Munda, estão protestando por sua liberdade. "Condenamos fortemente a maneira como os funcionários do departamento florestal prenderam o pobre analfabeto que não sabia da legislação do governo", disse nesta terça-feira Jiban Ballav Das, chefe do grupo "Pessoas pelos Animais" da província de Orissa.

Munda, um trabalhador que pertence a uma tribo indígena que mora na floresta 200 quilômetros ao norte da capital da província, Bhubaneswar, disse que encontrou o filhote de urso no ano passado quando recolhia gravetos.

Ele levou o urso, chamado Rani ("Rainha", em português), para casa e fez dele seu animal de estimação.

Imagens de TV gravadas antes da prisão mostram o urso brincando com a filha de Munda, Dulki, enquanto tentam subir na traseira da bicicleta do indiano.

Se for condenado, Munda pode pegar até três anos de prisão. "Eles me prenderam. Como minha filha sobreviverá?", disse Munda a uma subsidiária da rede americana CNN enquanto era levado para a prisão. "Não entendo porque fui punido por cuidar de um urso que havia sido abandonado na floresta e que teria morrido se eu não o tivesse trazido para casa".

O diretor do zoológico de Nandan Kanan, para onde Rani foi levado, defendeu a decisão do governo. "Munda foi preso em respeito a uma lei que tem como intenção proteger a vida selvagem", disse.

Entretanto, o ativista Jiban Das afirma que apesar de condenar a retirada de animais do meio selvagem, apóia a atitude de Munda de tentar recuperar o urso e diz que o governo está sendo muito rigoroso. "Ele nunca torturou o animal, nunca o utilizou para propósitos comerciais. Portanto, não deveria ser preso", disse Das.

No zoológico, Rani está em uma jaula isolada e está se recusando a comer. "Os ursos desenvolvem grandes laços com os seres humanos e são muito ligados a seus tratadores", disse Biswajit Mohanty, secretário da "Sociedade para a Vida Selvagem" de Orissa.

Já Das afirma que Munda ganhará um emprego assim que for solto. "Decidimos dar a ele um emprego em nosso centro de reabilitação de animais".

Fonte: Notícias Uol.

domingo, 22 de junho de 2008

Onze Homens e Nenhuma Noção 2

Entrevista muito interessante ontem no Painel, apresentado por William Waack, na Globonews; com três especialistas na área de segurança: General Candido Vargas Freire, secretário de segurança do DF; Coronel Geraldo Cavagnari, do núcleo de assuntos estratégicos da UNICAMP; e Luis Eduardo Soares, ex-Secretário Nacional de Segurança.

O exército está sendo usado para uma obra eleitoreira, de pouco relevo social, mas que à distância parecerá muito bonito, uma vez que Incrivella convenceu Lula de que usar o Exército para construir e reformar casas era uma ótima idéia. Isso foi dito com todas as letras e mais algumas.

De resto, muita coisa interessante, além do óbvio: a política de segurança não pode ser... política.

Quem conseguir pegar uma reprise, vale à pena.

UPDATE: Para não precisar de depender de reprises, eis, na íntegra, a entrevista. Agradecimentos ao meu prezado Dom Gárgula, que cavou tudo e me passou o código para este vídeo.

Parte 1


Parte 2

sábado, 21 de junho de 2008

De Olho Neles - por Vitor Barone

Sem o menor pudor, roubei lá do Escrevinhamentos, do meu caríssimo Barone:

"As eleições estão se aproximando e é bom ficarmos a par do que os candidatos a reeleição andaram aprontando. Os links abaixo são bons pontos de partida para analisar o comportamento deste pessoal.

Transparência
O Site Transparência traz informações sobre tudo o que ocorre de suspeito no legislativo e no executivo Brasil a fora.

Excelências
Históricos dos parlamentares brasileiros. Processos na Justiça, como gastam o dinheiro que recebem, quem financiou suas campanhas eleitorais e muito mais.

Como são nossos parlamentares
Como são nossos parlamentares? Levantamento realizado no âmbito do projeto Excelências desvenda o histórico e o comportamento de todos os parlamentares pertencentes à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal, a todas as Assembléias Legislativas estaduais e à Câmara Distrital de Brasília."

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O Incrível Hulk

Spoilers, tá, gente?

Uma lição que nós temos desse filme é que é os Super-Heróis podem ser das propriedades intelectuais mais difíceis de se ter um trabalho (por demais) autoral, especialmente se falamos em cinema: ele são por demais prisioneiros do gosto popular e da cultura pop.

É só comparar com o Hulk de Ang Lee, que apesar de alguns momentos interessantes, teve coisas absurdamente desnecessárias além um roteiro sobrecarregado de dramas, não obstante Eric Bana e a estonteante Jennifer Connely como Betty Ross. Ou lembrar dos filmes de Batman do Tim Burton, que publicamente dizia nunca ter lido nada nos quadrinhos do personagem (e que só parecem que são bons hoje porque logo em seguida vieram os filmes do personagem dirigidos pelo Joel Schumacker, para realmente se saber o quão ainda podia se piorar).

O Incrível Hulk é mais um filme produzido pela própria Marvel, ao invés de outros estúdios, e é um filme bem mais ao gosto do fã, com bastante ação e direto ao ponto, porém mantendo a carga dramática do personagem.

Ignorando o filme de 2003, este filme começa, entretanto, onde o outro teoricamente pararia, com Banner longe de tudo e de todos, tentando encontrar uma cura, ao mesmo tempo que tenta se esconder, após sua terrível origem -- contada em retrospecto em flashes pelos créditos de abertura, uma maneira ágil e bem sacada de não ter que repetir tudo que um outro filme recente, bem ou mal, já apresentou.

Mas também não é a mesma origem do outro ou a clássica dos quadrinhos, mas, surpresa: tem muito a ver com a antiga série dos anos 80 (e aqui também temos outra participação de Lou Ferrigno), com um experimento em laboratório mal-sucedido (aparelhagem bem similar à cadeira de raios-gama). A vida itinerante de Banner é explorada, e em dado momento até aquela música triste ao piano, no final de cada episódio, é tocada - ei, tem Jack McGee no filme! Um Jack McGee, pelo menos.

As referências nos quadrinhos dão a mão à linha Ultimate, como foi com o excelente filme do Homem de Ferro, e o elo entre os filmes continua sendo construído: dessa vez é o próprio Tony Stark - sim, por Downey Jr. - que vem falar de um grupo sendo montado ao final do filme (mas não dos créditos) ao General Ross (pelo sempre ótimo William Hurt).

Falando em elenco, todos estão muito bons: o citado Hurt; Edward Norton, versátil como sempre; o ótimo Tim Roth como o Abominação e, bem, pena que Jennifer Connely tenha sido cartucho queimado no outro filme. A princesa elfa que me desculpe, mas os olhos-gama de La Connely são insuperáveis.

Além da presença de Stark, a semente está lá para futuros filmes, na promessa do surgimento de um clássico vilão do Hulk.

É, de fato, uma boa época para os filmes da Marvel, e de Super-Heróis em geral. Sugerindo que O Homem de Ferro tenha nota 10, este filme é nota 8, mole.

Nos trailers, o do novo Batman, uma refilmagem em 3D de 'Viagem ao Centro da Terra' (galera da labirintite, cuidado: vertiginooooso...), um teaser de Kung Fu Panda e o meu próximo filme esperado, a comédia de Super-Heróis Hancock.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Onze Homens e Nenhuma Noção

Deixa ver se entendi: onze soldados do Exército venderam três jovens para traficantes do Morro da Providência, onde um trabalho social proposto pelo Incrivella está rolando e com a ajuda desta força armada; e após o negócio fechado os guris foram devidamente executados pelos meliantes.

Que o Exército tenha uma relação de negócios com os traficantes, é até de se suspeitar. Soldados, afinal, vêm das camadas baixas da população, a chance de um deles morar em uma favela - e uma favela controlada pelo tráfico - me parece boa. Um sargento-armeiro deve ser particularmente valorizado, depois que dá baixa - se é que se esperaria pra isso. De vez em quando vem notícia de algum depósito onde armas são roubadas, assim-assim.

Mas que o rol dos negócios incluía mercadoria humana, era novidade. A pergunta que eu ainda não vi sendo feita é: até onde e com quem mais, no Exército, essas negociações vão?

E ainda, quem irá se utilizar de maneira mais manipulativa esse ocorrido? Os contra a candidatura do senador-prefeito, ou o lado dele?

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Aos Enamorados...

... sejam eles namorados, noivos, casados, cúmplices -- parabéns pelo dia de hoje!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Um Homem Sério?

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do RJ, desembargador Roberto Wider, em reunião segunda-feira com 13 dirigentes de partidos políticos disse que, se forem lançados candidatos com ficha suja, eles serão impugnados pela Justiça Eleitoral.

Mesmo que apelos ao TSE sejam atendidos, o dano à imagem do candidato já terá sido feita, e ai é com o eleitor.

Sobre recorrer de uma decisão, segundo ele, "todos são independentes e devem julgar conforme a consciência. Levantamos apenas uma bandeira. Nosso objetivo é a melhoria do padrão político."

Os líderes de partido receberam a notícia com um "silêncio mortal".

UPDATE: Entrevista com o Homem Sério hoje n'O Globo, onde explica porque, apesar da decisão do TSE por 4x3 sobre a elegibilidade de quem enfrenta processo, o TRE do Rio continuará a manter sua linha sobre o assunto -- alertando aos políticos que 'festejaram' a decisão contrária não será o oba-oba (já que festejaram) que estão pensando.

terça-feira, 10 de junho de 2008

ET Honk Home!

Roubado lá do Mausoléu, este é o GINA, um carro conceitual da BMW, que usa tecido ao invés de metal na carroceria, para deixá-lo bem leve.



Curiosamente, o orgânico agora não é somente nas formas, mas no comportamento do objeto.

Concordo com Dom Gárgula: Aquela piscadinha ao final é sensacional.

Uma rápida.

"Neste país de 180 milhões de brasileiros pode ter igual, mas não tem, nem mulher nem homem, que tenha coragem de me dar lição de ética, de moral e de honestidade." (Lula, 22/07/05)

Hum.

O Dr. Adib Jatene chegou a ser Ministro da Saúde do governo Fernando Collor de Mello, até que o "Escândalo do Guarda-Chuva", em que um assessor fez um super-faturamento de bicicletas e guarda-chuvas dentro do Ministério, terminou por derrubá-lo. Apesar das investigações terem-no isentado, ele compreendeu que, sendo um assessor dele, nomeado, não justificava ele continuar no cargo: delega-se a autoridade, mas jamais a responsabilidade.

Mas, agora, se o 'homem mais ético' do Brasil, aquele que nunca vê ou sabe de nada, nem disso sabe... ai complica.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Escrevinhamentos...

... meu camarada Victor Barone, jornalista, de blog no ar, já também na coluna ao lado. Parabéns pelo livro, véio!

E fotos do evento estão aqui!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Mamãe Natureza...

... é uma maldita piranha que não faz prisioneiros.

Primeiro Vôo de Balão?

O Google pôs até um logo bonitinho para comemorar este 4 de Junho. Mas, como notou este aqui, seria legal se houvesse confirmação em algum lugar do aniversário do evento e do invento de um outro padre voador, este mais sábio, chamado Bartholomeu de Gusmão que, em 1709, percebia que poderia haver ai algo mais.

Apesar da idéia de Brasil ainda ser apenas "aquela - rica - colônia ultramarina" na época até por quem o habitava, não deixo de sentir que, de certa forma, tanto a Passarola quanto, quase 200 anos mais tarde, o 14-Bis decolaram para nunca mais voltar às nossas mãos. Se de houve em algum momento uma visão do governo português ou do brasileiro, certamente não foi aqui.

terça-feira, 3 de junho de 2008

40 x 15...

Esse foi o placar da impunidade.

A ALERJ, insistindo em estragar meu dia, resolveu que a prisão do deputado Álvaro Lins (PMDB) era indevida, e baseado no princípio da imPunidade parlamentar, mandou soltá-lo.

Eu não sabia que esses putos podiam fazer essa gracinha. Cadê a independência dos 3 Poderes?

Cidinha Campos (PDT) resumiu: "“Na hora de defender deputado vão buscar na Constituição Federal amparo para defendê-lo. Isso é porque 40% dessa Casa são envolvidos com a marginalidade, o tráfico, grupos de extermínio, extorsão e milícias."

Enfim...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

E falando em Monteiro Lobato...

... dez motivos porque eu acho ele foda.

* Não só escrevia, mas ilustrava. Por ele, teria feito Belas-Artes. O avô é que cismou com Direito.

* Cruzou referências literárias, históricas, mitológicas e de cultura pop, independente da origem nacional em suas histórias.

* De tanto que encheu a paciência do Getúlio com cartas não muito bem educadas, foi preso por defender a existência de petróleo no subsolo brasileiro.

* Mandou cartas não muito bem educadas a um ditador.

* "O Petróleo é Nosso": Organizou companhias de perfuração de petróleo.

* "Um País se Faz com Homens e Livros": Fundou duas ou três editoras, trouxe pela primeira vez clássicos estrangeiros da literatura infanto-juvenil para o Brasil, traduzidos por ele próprio.

* Lygia Bojunga Nunes devorava seus livros a partir dos sete anos, fundamental para que ela própria se tornasse uma escritora de livros infantis.

* A menina estudava piano, compenetrada, de postura correta, o nariz sempre empinado, e é observada por Lobato, seu vizinho de frente, que por isto cria a Menina do Nariz Arrebitado. E a jovem estudante é Guiomar Novaes.

* Fez um desenho animado (tá, essa eu sou suspeito).

* Escreveu Ficção-Científica (tá, essa eu sou suspeito - 2).

Desculpem minha ignorância, gente... mas Modernistas pra quê?

X Salão do Livro Infantil

No MAM do Rio de Janeiro. Foi até ontem. É, eu sei, não ajuda muito.

Não ia comprar nada, mas mega-descontos de até 60% me fizeram mudar de idéia, e com os vôos rasos da cegonha ultimamente, comprei até pra mim (non-cegonha-wise).

Eu tenho um certo fascínio pelo livro infantil. Não tinha tantos 35 anos atrás, ou ao menos não tão bonitos, e eu procurei então. Ricamente ilustrados é dizer pouco.

Noto o quão difícil é terminar um livro infantil. Se terminar um adulto às vezes é sacal - apesar daquela moleza instituída pelo Umberto Eco n'A Obra Aberta', em que as histórias nunca de fato terminam, blá-blá-blá -, que dirá uma história mais simples, mais direta ao ponto, até pela necessidade de seu público? Sempre li que havia pelo menos duas sub-artes localizadas dentro da arte da escrita, a de escolher um título e a de terminar uma história.



Isso ai acima foi o que eu comprei pra mim. Nem sabia que existia. Lusíadas 2500, o clássico de Camões transposto para uma HQ o mais Ficção-Científica possível (moça, não surte, por favor), porém mantendo o texto original. Ainda estou a ler.

Comprei no estande da IBPE/Companhia Editora Nacional, esta uma das editoras que Monteiro Lobato criou. Lá, inclusive, havia os clássicos d'O Sítio do Pica-Pau Amarelo', assim como as traduções pelo próprio Lobato de clássicos estrangeiros, tais como 'Mowgli' ou 'Alice no País das Maravilhas', que por ele foram publicados pela primeira vez no Brasil. Monteiro Lobato rocks.

Ainda vi Lygia Bojunga Nunes em outro estande, autografando seus livros. Adorava quando criança. 'A Casa da Madrinha', 'Os Amigos', 'A Bolsa Amarela'. Não resisti e fui falar com ela, esquecendo por alguns momentos que eu tenho quase quarenta. Simpaticíssima, agradeceu minhas palavras. Vinte anos antes, fui falar com Zilka Salaberry, a eterna Dona Benta de minha geração, em uma sensação semelhante.

Foi divertido, enfim.

Farda, Fardão, Camisola de Dormir...

Sábado último o Segundo Caderno d'O Globo traz uma matéria curiosa, sobre uma biografia - O Mago - do Paulo Coelho e como um de seus primeiros livros, Manual Prático do Vampirismo, haveria sido feito por um ghost writer. E como a ABL, de olho no retorno financeiro que um nome como ele em suas fileiras, resolveu o escolher.

Que a Academia Brasileira de Letras é um eterno nome errado, eu já sabia: foi montada nos moldes do Petit Trianon francês, sendo mais um clube de notáveis da república do que de escritores, propriamente ditos. Chá e poir, queriam acolher Ulysses Guimarães tendo como base seus discursos. Escolheram José Sarney ao invés de Mario Quintana, que já havia tomado duas bolas pretas antes desta. Enough said.

O livro de Jorge Amado, no título acima, é uma boa dica sobre como se escolhe um 'imortal'. Acho que é hora de relê-lo.

domingo, 1 de junho de 2008

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal...

... nem creio que já ia deixando de comentar.

Há quem ache que é o mais fraco dos quatro, eu não tenho certeza, precisaria rever o terceiro, do qual não sou particularmente grande fã. Acho que em 89 o Spielberg genial dos filmes com maluco como 'Encurralado', 'Tubarão' e 'Contatos Imediatos do 3o. Grau' foi substituído pelo Spielberg família, pela-saco, cheio de concessões e babação, tudo em prol da família, nhenhenhé. George Lucas em 83 já demonstrava isso. Indi não mata ninguém de tiro, se não me engano, nesse filme.

O filme tem um excesso de gordura no elenco. Se comparado ao segundo filme ('O Templo da Perdição', que cada vez aprecio mais), que desliza apenas com três protagonistas, o filme tem que contar com Indy, Mutt (o jovem parceiro), Maryon (o interesse romântico do herói, com a diferença que é o antigo amor do primeiro filme, até tem umas cenas legais pra ela), John Hurt (como reserva moral geriátrica, talvez, como observou um amigo meu, em substituição a Sean Connery) e o cara que serviu de modelo pro Beowulf como traíra de plantão -- sendo que os três últimos pareceram desnecessários entre o meio e o totalmente.

É engraçado comparar com Máquina Mortífera 4, em que existe também ação, comédia, e procura um sentimento de família entre os personagens do elenco -- mas que não se preocupa em fazer concessões. Se não me engano o filme que apresentou Jet Li ao Ocidente, MM4 senta o dedo e quebra o pau como todos os demais da franquia.

Apesar do que, ainda é um filme muito bom de ação e aventura. Ainda é Indiana Jones. As mentiras estão lá, para pular na cadeira, para rir e para os obtusos acharem 'um absurdo'.

Uma característica interessantíssima dessa história é o investimento das lendas do Século XX: diferentemente de, por exemplo, o Cálice Sagrado, IJ IV investe em coisas como a queda do disco-voador em Roswell, o programa soviético de percepção extra-sensorial e os crânios de cristal do nome do filme, que certos médiuns afirmam que olhar em suas órbitas garante comunicação com entidades de esferas superiores ou quetais.

É um filme que faz a transição da 'era Pulp', da literatura de aventuras impressas em papel vagabundo das primeiras décadas do Século XX -- e de onde vem 'Doc Savage', 'O Sombra', e até mesmo 'Tarzan' --, para a Ficção-Científica, sua descendente natural. Já capta o clima de Guerra Fria e a paranóia anti-comunista americana, uma temática comum dos filmes do gênero durante os anos 50.

Tirando uma ou outra cena realmente desnecessária (o que foi aquilo com os malditos macacos?), continua sendo diversão garantida. Ainda deverei rever.

Caos na Internet...

... ThePlanet, um dos maiores hosting providers da Rede Mundial pegou fogo. 9.000 servers fora do ar - cada um hospedando cerca de dez a quinze mil domínios, segundo quem me informa. Façam as contas.