quarta-feira, 17 de março de 2010

E por falar em nivelar por baixo...

... imagino se não seja a mesma mentalidade por trás da socialização dos royalties do petróleo fluminense: se a idéia é ajudar estados particularmente problemáticos - claro, todos os estados têm problemas, mas uns são mais, e bem mais, que os outros -, não seria mais eficaz meter a faca na carne e intervir diretamente na administração dos mesmos? Algum 'choque de gestão', limpando a ineficiência, enxugando a máquina administrativa e combatendo a corrupção? Aposto que não só o dinheiro magicamente apareceria duma sarneylândia da vida e a renda seria melhor distribuída.

Mas não. A idéia é sacrificar alguns votos no SE, que até imagino não sejam poucos, para assegurar que o machismo brasileiro, no N e NE, não atrapalhe o sucesso da campanha presidencial de uma mulher.

Dizem-me que, apesar do frio intenso, em Montreal ele é seco, o que o torna bem mais suportável. Tentador, tentador. Cada vez mais.

Enfim...

Nivelando por baixo, como sempre...

... impressionante.

Em resumo: há um projeto de lei tramitando para que se extingua o exame da OAB. Sim, será o império dos rábulas. Segue o texto:

Na justificativa do projeto, Gilvam Borges - que se encontra licenciado - argumenta que o exame é injusto, uma vez que uma grande quantidade de pessoas fica fora do mercado de trabalho, pois os índices de reprovação chegam a 70% do total de candidatos.

O exame da Ordem foi instituído em 1994. O objetivo é selecionar, pela aferição de conhecimentos jurídicos básicos, os bacharéis aptos ao exercício da advocacia.

Sempre achei estranho algum fator externo à uma faculdade auferir ou não um título qualificador - isto não já estaria embutido em um diploma? Achava até meio autoritário, por parte da OAB. Mas até ai, nossa sociedade civil se amarra mesmo num tacape... voltando ao assunto: a partir do momento em que um índice de reprovação é de 70%, isto não é uma forma de separar o joio do trigo? E ainda, não é uma forma de avaliação das próprias instituições de ensino de Direito? Porque então não pegar no pé da base, ou seja, fazer ter certeza que um estudante de Direito realmente esteja se diplomando por mérito, e não por carregação em alguma fábrica de diploma, apenas pra mamãe e pro papai dizerem "bem, pelo menos está formado"?

É triste.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Novo livro de Max Mallman!

É com grande prazer que recebi a notícia de que temos mais um livro do meu prezadíssimo Max Mallman, O Centésimo em Roma, a ser publicado pela Rocco! Vai o blog aqui! Lançamento dia 15 de Abril, na Livraria da Travessa de Ipanema, aqui no Rio.

Sempre gostei do que li dele... tem duas impressões minhas sobre seus livros anteriores, Zigurate - uma fábula babélica e Síndrome de quimera, no site do e-nigma.