quarta-feira, 27 de maio de 2009

Arte e tecnologia defasada

Aqui, em vinte exemplos.



Ah, os dentes da primeira peça são de mouses de computador.

A casa de papel jornal...

Site aqui. Tem eletricidade, água encanada, e não tem problemas com goteiras. Papel jornal e muito verniz. A casa já dura 70 anos, e há um certo descascar aqui e ali, o que começa a mostrar chamadas e trechos de reportagens de época. Seu construtor, um engenheiro, que aparentemente apenas quis ver se funcionava. Funcionou. Ah... e móveis, também - incluindo um piano (calma, é apenas substituindo a estrutura de madeira).

Hummmmm... meio esquisito dizer isso, já que papel vem da madeira, mas... casas de papel prensado poderiam ser uma saída ecológica?

Com dois dias de atraso...

..., lamentavelmente, queria informar aqui sobre as palestras do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas sobre Matéria e Energia Escuras, dirigidas ao público leigo. É no auditório do CBPF, Rua Xavier Sigaud 150, em Botafogo, aqui no Rio, parte da Semana da Matéria Escura e Energia Escura, destinando-se a divulgar as mais recentes descobertas sobre o assunto, com cientistas ao redor do mundo e tradução simultãnea.

Quem não puder ir, entretanto, elas estão sendo transmitidas ao vivo pelo site do Dark Energy Survey Brasil. Meu prezado Dom Bezerra, a quem alertei dois dias atrás, atesta a qualidade das palestras em seu blog.

Essas palestras estão sendo por esta semana, e aparentemente poderão ficar disponíveis mais tardes na forma de arquivos.

Ano Internacional da Astronomia rocks.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Semana do Museu

Pois é, estamos na VII Semana do Museu, de 17 (domingo último) a 23 de Maio de 2009. No Rio, o Museu Imperial tem toda uma programação voltada para o evento. Um amigo meu que me chamou a atenção para a existência disto, parece que há um tour de ônibus pela cidade, fazendo a rota de diversos museus, mas não consegui ainda ver aonde... fica a dica.

Momento Hobbesiano...

... pinçado do Trezentos, um alerta contra o autoritarismo que espreita a sociedade.

UPDATE: Meu prezado Barone me oferece um outro ponto de vista à questão aqui.

AnaCrônicas - Pequenos Contos Mágicos

Devidamente nas Leituras de 2009, o primeiro livro de Ana Cristina Rodrigues - cujo blog está na coluna ao lado -, do qual falei um tempinho atrás. Estou devendo alguns comentários.

É uma coletãnea, 90 páginas de 20 contos curtos (mais um de bônus), que passeiam por vários gêneros da literatura fantástica: ficção-científica, fantasia histórica, fantasia histórica-pero-no-mucho, horror e esquisitices em geral.

Temos algumas Anas vislumbradas nessas Crônicas: a historiadora medieval está lá algumas tantas vezes, por exemplo, assim como a cronista (de crônicas cotidianas, mesmo), e singelamente, a mãe - isso tudo faz de histórias como A Dama de Shallot, A Casa do Escudo Azul, Os Olhos de Joana e meu preferido, O Mapa para a Terra das Fadas histórias muito especiais - ou pequenos contos mágicos, de fato.

Recomendo.

sábado, 16 de maio de 2009

Computador ecológico

Do blog Ciência às Cores, dedicado à divulgação científica um artigo sobre o computador ecológico: idéia da firma espanhola iUnika, é um hardware completo que funciona com baterias a energia solar, todo feito de fibras vegetais e substâncias naturais, que degeneram bem mais rápido que o plástico: é o Gyy.



"Entre as características do computador podemos destacar as suas 700 gramas, 4 horas de autonomia ou as 25 cores diferentes em que se apresenta. É um computador ultraleve, como outros que estão a ficar na moda, com 22 x 16 cm. de tamanho e ecrã de 8 polegadas.

Mas o que é verdadeiramente especial neste é que tem, nalgumas das suas versões, placas solares para recarregar a bateria enquanto se está a trabalhar, aumentando muito a sua autonomia, e que a sua estrutura foi construída com materiais totalmente biodegradáveis: amido, farinha de milho e celulose, formando um bioplástico que suporta até 85 graus de temperatura."

Funciona com linux. Preço estimado, 130 euros. Fico pensando se não seria uma saída natural para o Brasil, em termos até de engenharia da computação.

domingo, 10 de maio de 2009

reStart Trek: This Ship Has Sailed

Após o Lamento do Último Fã, eu decidi que deveria pelo menos falar bem daquilo que eu genuinamente gostei do filme. Eu dei nota 5, na verdade. Disse, não é nenhuma podreira como os dois últimos que foram feitos (aliás, convenhamos, os filmes da Nova Geração são podres, via de regra). Mas também não vou me alongar nisso mais - this ship has sailed.

Reparem que, lá embaixo, eu em momento algum contemporizei sobre o departamento visual da antiga série, ou ressaltei as virtudes do do novo: não é por ai que a minha banda toca. Acho que deve haver uma história, uma boa história antes, tanto na premissa como em sua condução.

Um dos maiores defeitos de Star Trek foi o world-building, desde o primeiro ano da primeira série. Era uma série episódica, com aventuras independentes, que dificilmente faziam alguma menção, se que é fizeram ao longo de seus três anos, uns aos outros. Como era a televisão de então, para esse tipo de produto, levando em conta o que esperava de seu público-alvo. Nem a ordem de produção dos episódios foi levada em conta, na distribuição. Há ali episódios em que certos elementos coadjuvantes à trama são trocados sem maiores explicações, mas pelo menos sem maior profundidade (a idéia da Federação não parece estar nos primeiros episódios, havendo referências, entretanto, à Terra como corpo governante). Outros tantos detalhes "técnicos" como exatamente qual a velocidade de cada fator de dobra variavam loucamente.

Em compensação, haviam histórias excelentes.

Quando se provou algo rentável, especialmente após o sucesso no cinema, uma nova série foi feita, com um approach fundamental diferente: ao invés de ser uma série puramente episódica, resolveu-se que as coisas seriam melhores entrelaçadas. Mas, para isso, há que se ter o tal do world-building acima bem construído - mas como fazer isso, se a série original, cada vez mais cultuada, era falha em tantos aspectos?

Olhando em retrospecto, é fácil agora apontar o erro - a falta de sinceridade com o público-alvo: "Olha, gente... nós todos amamos aquela série, mas ela tem mais furos do que queijo suíço. Estamos tentando continuar aquele universo, estamos tentando incluir o máximo possível de coisas referentes àquilo, mas fatalmente certas coisas serão ignoradas. Bola pra frente. Tentem não perder a voz se esgoelando, obrigado."

Mas eles resolveram que "fã de Star Trek não liga para continuidade", e persistiram no erro, filme após filme, série após série. É mais fácil assim, convenhamos, do explicar a cada novo escritor os do's and dont's depois de um certo ponto mais básico.E é porque exatamente o que foi resolvido - o fã médio de Star Trek também não tá nem ai: basta uma nave e uma fanfarra de fundo para todos começarem a salivar pelo canto da boca. Há tempos que digo que a gradativa queda da qualidade das histórias - independente da questão do canon - é principalmente por causa desse tipo de fã, que compraria no e-bay cocô de cachorro com um carimbo em relevo escrito "star trek".


A quebra da continuidade aqui é proposital pelo plot em si (ainda que continue quebrando, independente do plot...), em se tratando de que agora todos são uma realidade alternativa. Isso faz se livrar do monstrengo de quarenta anos de episódios e filmes desencontrados, e um novo início fresco, sem vícios, localizado antes e o que deveria ser o início jamais realmente contado da tripulação da apenas USS Enterprise, "no bloody A, B, C or D!".

Ora, se não foi contado, então poderia ser um início tão bom como outro qualquer. E, de fato, até que foi: na maiden voyage da USS Enterprise (como em Star Trek I, V), a situação se dá de tal maneira que a tripulação é constituída apenas de cadetes (Star Trek II) e jovens oficiais, e que têm na marra que resolver a situação. No processo, passam a ter que cooperar entre si, mesmo não indo com a cara um do outro (ou ainda, ninguém indo com a cara do agora insuportável James T. Kirk). Mais clichês, mas, que diabos?

E ai está o cerne, digamos. O encontro, a promessa de contar as histórias do dia 1. Na velha série, sugere-se que os oficiais ali, por mais que tenham crescido uma amizade em comum em frente às câmeras, antes da primeira filmagem já terem suas carreiras consolidadas, tendo conseguido postos na USS Enterprise, dita então uma das 12 battleships da Frota Estelar, tipo de nave que não é qualquer um vagabundo que podia entrar. James T. Kirk estava lá aos 34 anos de idade, o mais jovem oficial a tomar aquele tipo de comando. Ou seja, havia uma valorização em quem pisava lá dentro: e nada por ninguém ali ser alguma espécie de figura messiânica, esse já-clichê que vem empesteando o cinema fantástico ultimamente. Mas por mérito próprio. Competência. Capacidade. E não acaso... ou marra.

Da re-tripulação, bom ver Uhura como uma personagem de verdade, ainda que pouco faça na trama, efetivamente (eu sou mais as pernas da Nichelle Nichols, mas isso sou eu). Zachary Quinto faz Spock de uma maneira habilidosa, também não está ruim por si, embora os vulcanos de forma geral mais me parecessem empedernidos britânicos do que alienígenas realmente acostumados a privar-se de emoções (lembrando-me mais dos vulcanos da última série feita, Enterprise, a qual odeio profundamente, do que os vulcanos da série antiga). Simon Pegg, o inesquecível Shaun de Shaun of the Dead/Quase Todo Mundo Morto, faz um engenheiro-chefe Montgomery Scott mais alegre do que eu tenho na mente que fazia James Doohan, mas àquela altura do filme, rever Pegg foi uma grata surpresa - apesar do "Umpa-Lumpa com problemas de acne" (tm by Phil Plait).

Mas o meu destaque foi para quem eu menos achava que daria certo, face a disparidade física com DeForest Kelley: Karl Urban está nota 10 na interpretação de Leonard McCoy, o médico ranheta de bordo.

E de resto? Hum... visualmente está um esplendor, mas até ai, duh! É a Industrial Light & Magic em um filme de J. J. Abrams, ou seja, a ninfomaníaca se encontra com o priápico: o resultado é memorável.

Ritmo taquicárdico, ação, ação, ação... sem dúvida que aqui está excelente.

E o que mais, mesmo? Mais do mesmo?

Pois é. A impressão que fica é que se tirar o frisson de "é Jornada nas Estrelas", fica um filme de ação boboca. Se tirar o filme de ação boboca, fica uma representação torta de um universo igualmente torto, mesmo com a premissa da renovação. Envolvidos pelo mais reluzente celofane.

Eu tenho a impressão que esse filme, que vem agradando até a fãs mais velhos e mais exigentes, tem seu sucesso por causa exatamente do referencial próximo: dois filmes um pior do que o outro e uma série horrorosa. O que viesse era lucro. Quando entra no projeto o produtor hype do momento, pronto: ficou uma sensação de que Pai J.J. Moses viria para levar o povo trekker para a Terra Prometida, além da fronteira final e onde nenhum Berman jamais esteve. Enfim.

Por último, meu prezado Dom Bezerra disse que o grande erro do filme foi que ele não se afastou o suficiente do velho título, não mudou o bastante. Não sei, não sei mesmo. Acho que não adianta mudar. Eu não creio que, a futuro, com novos filmes, vá haver uma melhoria no problema básico: acho que periga continuar o mesmo vício. Uma nova continuidade, apenas para ser quebrada em prol da boa idéia do momento, da ignorância de quem escreve ou produz sobre o item anterior, e da falta de exigência do espectador.

E ai eu me toco o seguinte: o motivo do filme - uma nova cronologia - é falacioso. Cronologia em ST é problemática? Sim. Mas não é o problema de ST.

O problema de ST, nos últimos quatro produtos - duas séries e dois filmes - é que eles simplesmente são muito ruins. Continuidade falha apenas é parte do problema, não é o problema. E quanto mais não seja - fã de Star Trek não liga pra continuidade. É sério.

Não precisa destruir tudo. Basta apenas decidir o que é e o que não é. O filme é safo nisso. Notem que Spock-Nimoy sobrevive até o final. Ali está a chave para restaurar o que for, com seu conhecimento de física temporal do Século XXIV - ele sabe como voltar no Tempo o suficiente para catar baleias e salvar a Terra, afinal - e de História pregressa. Ou seja, não há sequer um compromisso mais sério em se propor algo "novo".

É, gente, desculpe, era só pra agora falar bem do filme, mas... enfim, de volta aos anos 90.

Reimaginando as capas de Harry Potter

As capas dos livros de Harry Potter, no estilo da Penguim Books.



Por M. S. Corley, pinçado lá da Carol.

sábado, 9 de maio de 2009

Star Trek

Star Trek: Once Upon A Time...

Era uma vez uma série nos anos 60 na televisão americana que contava histórias de ficção-científica, sobre uma tripulação multinacional e étnica, de uma era em que a Humanidade estava unificada sob uma regra benevolente, havendo encontrado alienígenas que haviam ou se aliado em uma pacífica busca pelo conhecimento estrelas afora, ou à ela se oposto francamente, gerando inevitável conflito.

Era uma série em que não bastava apertar o gatilho todas as vezes. Havia momentos em que se questionava sobre apertar o gatilho, ou mesmo se violência era a melhor solução, assim como suas consequências. Sim, havia essa série, que ousava propor questionamentos éticos e dilemas morais, por mais rasos que pudessem ser dentro das limitações do formato - mas eles tentavam. Mesmo. Acreditem, essa série existiu.

A série durou, entretanto, apenas três anos, com problemas entre audiência e grade de programação, com o último ano recheado de episódios de baixa qualidade em suas histórias.

Um belo dia, dez anos após o encerramento ou quase, fizeram um filme. Um filme grandioso, kubrikiano em mais de um sentido, mostrando a velha turma um pouco mais... velha. E ai fizeram outro filme. Sensacional, resgataram um vilão da velha série, foi duca. Fizeram um terceiro. E um quarto. Um quinto. Um sexto. Fizeram também, a essa altura, uma nova série, passada 80 anos depois ou quase, dos eventos da primeira série. Fizeram mais outra série, e outra, e outra. Também fizeram mais quatro filmes.

Mas talvez tenham feito demais. Mas como resistir? Era lucrativo demais para não se manter o nome vivo - fora jogos e uma miríade de produtos franqueados. Uma galinha dos ovos de ouro. Não obstante alguma coisa ter se perdido... menos ideais, mais expediência, talvez. Mais histórias em cima de efeitos especiais. Reciclagens de velhos temas abordados, apresentados sob novos efeitos. Algo simplesmente não dava mais certo.

Star Trek: To The Absent Friends

Há dez anos ou o que seja que eu me refiro a Jornada Nas Estrelas como um querido amigo de infância, companheiro de todas as horas, e até de início de adolescência, mas que lá pelas tantas passou a se envolver com más companhias e drogas pesadas: eu o trato com preces, saudades, e uma saudável distância.

Mas ai, é claro, quando ele aparece, fraquejo, e vou vê-lo. Apenas para constatar que nada mudou, ou que assim todos nos enganamos, ou que as supostas melhoras aventadas apenas me fazem sofrer mais um pouco.

É sério. Eu fui ao cinema após longos meses de preparo psicológico, baixando como podia minhas expectativas, conforme explico um pouco mais abaixo. Eu fui com o coração tão aberto quanto pude - até com um certo entusiasmo, face à mudança do comando criativo da franquia. Eu achei que eu ia realmente curtir. Eu não achava que ia ser o ó do borogodó, eu achava que iria ser melhor do que pérolas como Insurrection ou Enemesis. Claro que isso devia ser obrigação, e não mérito, por um lado. Eu havia visto o trailer. Tudo colorido, tudo brilhante, e, de fato, tem um lens flare a cada cinco minutos, ou quase. Parecia divertido, um ótimo combate de naves, saltos de para-quedas de órbita, mais naves! Ok! Yaaay! Mas não vamos esperar mais do que isso - ei, Jornada nas Estrelas II e III são, em essência, aventuronas. Que mal há nisso? Não vamos esperar mais do que isso, repito.

Ou vamos?

O filme de J.J. Abrams tira das mãos dos responsáveis pelo afundamento da franquia, quebrando com um formalismo oriundo da segunda série de tv (caracterizada nos últimos quatro e cada vez mais desastrosos filmes), e indo na direção de algo mais aventuresco, concluído do que seria a série original dos anos 60.

Star Trek: All That Glitters

Até ai, ok, ainda que J. J. Abrams seja mais conhecido por hits de cinema (Cloverfield) e tv (Alias, Lost) que não precisem exatamente de muito conteúdo. Entre alguns amigos, havia a piada que repetíamos, "Gente!... é filme do J. J. Abrams!... vai ter gente bonita!... vai ter muita ação!... fotografia fodona!... altos efeitos especiais...! vai ser UMA MERDA!"

Ah, então é feio ter gente bonita, muita ação, fotografia fodona e altos efeitos especiais? Não, claro que não é, tá maluco?

O que é feio é só ficar nisso, especialmente se você leva o nome Star Trek na jogada, e ainda por cima quer remeter à velha série. Aquela mesma série que, ao contrário de todas as outras de FC dantanho, salvo Além da Imaginação, apesar de ser uma proposta bem diferente, era uma série que falava de racismo, males da guerra, códigos de conduta, etc, etc, e tal - podia fazer pensar E divertir - ei, revolucionário, não?

Star Trek: I Don't Give a Frak Anymore

Mas, já que vocês estão chegando até aqui, eu vou lhes contar o que realmente me fode nesse filme. Não, não é o apelo ao impetuoso-porém-sempre-certo. Não é a bicada na cronologia que existe além da questão da interferência temporal. Não é o fato de que os dois planetas centrais à trama se chamam Vulcan e Iowa. Não é o fato de se ter tanto, mas tanto e tanto já feito, e assim mesmo se abrir mão disso tudo em nome de liberdade para "criar". Não, também não é o fato de outra maldita viagem no Tempo. Não é o fato de, e sacaneio, um mineiro revoltado do Século XXIV ter conseguido fazer o que a Coletividade Borg não conseguiu. Não é o fato do vilão ser o segundo romulano com uma nave do Juízo Final na segunda vez consecutiva. Não é o fato de, apesar de ser Star Trek, a Astronomia não fazer mais sentido do que se fosse na velha série de Perdidos no Espaço. Não é o fato dos vulcanos não me convencerem. Não é o fato de sentir que nem Leonard Nimoy funciona como Spock.

Eric Bana: mineiro revoltado.

É o fato de ser mandatório gostar desse filme. Que os que não gostarem passam a "não saber o que estão perdendo". E quem tenta argumentar é "nerd chato babão". Que basta ser uma "aventura despretensiosa" - quando não há NADA, aprendam, NADA de despretensioso em qualquer projeto de milhões de dólares - para se passar a mão na cabeça por todas as suas incoerências. Eu odeio o discurso da simploriedade. E esse filme é simplório para caralho. Mas se FC reflete a mentalidade do tempo em foi escrita, então esses são os tempos da simploriedade. Filmes para o Homer Simpson não precisar entender.

E ai de quem um dia quis mais.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Blogadas - 2

Este Daniel e aquele Daniel me vieram com escritos pessoais, dessa vez. Nada mal, cavalheiros!

Aliás, o blog como suporte de crônicas é algo que me parece que cai como uma luva.

Blogadas - 1

Meu prezado Dom Aragão tem um blog próprio, além do da Intempol, onde lá ele discute dzóin, sejam seus trabalhos e experiências em sala de aula, ficção-científica e quetais. Já na coluna ao lado.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Além do Cidadão Kane

Sempre havia ouvido falar deste tal documentário de 1993 realizado pela BBC sobre a Rede Grobo e suas conexões sombrias com... bem, suas conexões sombrias. :) E que havia sido censurado pelo judiciário de passar no Brasil, etc.



É do tempo ainda da tv aberta. Não sobra muito para as demais emissoras, e na verdade tb fala como a questão do licenciamento dos meios de comunicação do país ainda está muuuito longe de ser algo correto, no sentido mais simplesmente ético da palavra.

domingo, 3 de maio de 2009

Previsões antigas...

... que viraram retrô. Eu amo isso.







Esse último aqui é motivo de discussão. Eu falo que FC aqui no Brasil é literatura de gueto, nego fica puto. Mas é.

FC é coisa de país industrializado, de tecnologia e ciência hard, e que sobretudo, como parte do investimento na indústria, acostuma a população a crer que a felicidade material está logo ali, daqui a alguns poucos anos. Ou seja, acaba acostumando a população que o esquisito tem sim, a ver com você e sua vida. A tecnologia entra no imaginário coletivo. Sem isso, não dá.

E não adianta dizer que Star Wars, Matrix e Arquivos X fazem sucesso, porquê ai é a) é uma questão de "filmes de ação" e b) uma questão de veículo, de mídia, e não de gênero. Repitam depois de mim, amiguinhos: hábito de ver televisão/ir ao cinema não gera hábito de leitura. Na melhor das hipóteses, um meio-termo, um suporte que tanto dependa de imagem como de texto: as histórias em quadrinhos.

Aqui no fazendão, se você quer escrever Horror, Fantasia, Realismo Mágico, vai fundo. Mas FC? Pouco provável.

sábado, 2 de maio de 2009

O Telhado reloaded

Pouco após voltar à blogosfera, meu prezadíssimo Dom Bezerra toma juízo e parte para um sistema mais decente... já na coluna ao lado.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Talkative Bookworm...

... é o blog de Ana Cristina Rodrigues, já na coluna ao lado. Colega rpgista, escritora de literatura fantástica, historiadora medievalista, a moça não para. Lançou o primeiro livro agora, Anacrônicas - Pequenos Contos Mágicos, que ela me concedeu a bela oportunidade de ser um dos revisores do livro.

Divirtam-se!