No MAM do Rio de Janeiro. Foi até ontem. É, eu sei, não ajuda muito.
Não ia comprar nada, mas mega-descontos de até 60% me fizeram mudar de idéia, e com os vôos rasos da cegonha ultimamente, comprei até pra mim (non-cegonha-wise).
Eu tenho um certo fascínio pelo livro infantil. Não tinha tantos 35 anos atrás, ou ao menos não tão bonitos, e eu procurei então. Ricamente ilustrados é dizer pouco.
Noto o quão difícil é terminar um livro infantil. Se terminar um adulto às vezes é sacal - apesar daquela moleza instituída pelo Umberto Eco n'A Obra Aberta', em que as histórias nunca de fato terminam, blá-blá-blá -, que dirá uma história mais simples, mais direta ao ponto, até pela necessidade de seu público? Sempre li que havia pelo menos duas sub-artes localizadas dentro da arte da escrita, a de escolher um título e a de terminar uma história.
Isso ai acima foi o que eu comprei pra mim. Nem sabia que existia. Lusíadas 2500, o clássico de Camões transposto para uma HQ o mais Ficção-Científica possível (moça, não surte, por favor), porém mantendo o texto original. Ainda estou a ler.
Comprei no estande da IBPE/Companhia Editora Nacional, esta uma das editoras que Monteiro Lobato criou. Lá, inclusive, havia os clássicos d'O Sítio do Pica-Pau Amarelo', assim como as traduções pelo próprio Lobato de clássicos estrangeiros, tais como 'Mowgli' ou 'Alice no País das Maravilhas', que por ele foram publicados pela primeira vez no Brasil. Monteiro Lobato rocks.
Ainda vi Lygia Bojunga Nunes em outro estande, autografando seus livros. Adorava quando criança. 'A Casa da Madrinha', 'Os Amigos', 'A Bolsa Amarela'. Não resisti e fui falar com ela, esquecendo por alguns momentos que eu tenho quase quarenta. Simpaticíssima, agradeceu minhas palavras. Vinte anos antes, fui falar com Zilka Salaberry, a eterna Dona Benta de minha geração, em uma sensação semelhante.
Foi divertido, enfim.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
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Um comentário:
(moça, não surte, por favor)
... tarde demais.
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