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quarta-feira, 9 de março de 2011

Enrolados...


O que há de errado - ou de muito certo - nesse cartaz?

... lá no Ação Animada. Achei tremendamente divertido, vale à pena assistir, sim.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Animaldiçoados - Festival de Animação de Terror

O Animaldiçoados acontece no Rio de Janeiro, no CCFJ - Centro Cultural da Justiça Federal (08 a 12 de Setembro) e em São Paulo, na Reserva Cultural (17 a 23 de Setembro). Para aqueles que não poderão ir, nós do Animação S.A. estaremos por lá fazendo uma cobertura completa de tudo que for acontecer no festival.
Mais detalhes clicando aqui.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

II Encontro de Produtores de Animação

Pessoal,

Eu e o Paulo Luna estamos promovendo o Segundo Encontro com Produtores de Animação do Rio de Janeiro. É uma oportunidade para quem quiser ter uma visão do que está acontecendo e do que virá a acontecer no Rio no que diz respeito a animação. Por favor, divulguem para suas redes.

O evento será dia 14 de Agosto, às 10:00 horas, na UVA Barra, pertinho do Barra Shopping.

Participantes que já confirmaram a presença:

Alexandre Bersot (premiadíssimo animador autoral);
Andrés Lieban (Diretor de Animação e Criação da 2D Lab (produzindo a série "Meu Amigãozão");
Felipe Taveres (Produtor de Animação do Copa Studio (produzindo a série "Tromba Trem");
Marão (premiadíssimo animador autoral).

Desde já agradeço ao Gabriel Cruz pelo apoio.

No Globo Online
http://oglobo.globo.com/blogs/animacao/posts/2010/08/06/veiga-de-almeida-promove-encontro-de-animadores-314113.asp

No Jovem Nerd
http://jovemnerd.ig.com.br/jovem-nerd-news/animacao/encontro-de-produtoras-de-animacao-no-rio-de-janeiro/

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Paulo Marcos Figueiredo de Andrade
Doutorando em Computação - UFF

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fim de ano animado!

Dois filmes chamam a atenção da mídia e do público neste fim de ano, e estão a aportar nos cinemas brasileiros. Ambos têm em comum a animação!

Sexta próxima, dia 12, teremos A Princesa e o Sapo, da Disney, sendo o primeiro desenho animado da Casa do Mickey que basicamente é animação a traço desde o fraquíssimo A Vaca vai pro Brejo (e como...), quando os executivos de então deram por encerrado fazer animação "de traço" porque, segundo as antas d'antanho, "3D é o que vende hoje em dia", tendo como base as cifras de Shrek e o que saia pela Pixar, em comparação com obras automaticamente cheirando a mofo como Irmão Urso (Disney) ou Spirit - O Corcel Indomável (Dreamworks), para não dizer a infelicidade financeira de projetos caríssimos como Atlantis e O Planeta do Tesouro (este, o primeiro caso sofrido pela Disney de prejuízo vindo de uma longa de animação).

Mas desde que parte do staff criativo da Disney é da Pixar, logo após a compra desta por aquela, esta bobagem - que custou o emprego de 300 animadores do dia pra noite - acabou.

A Princesa e o Sapo tem, ainda, a primeira "princesa Disney" que é negra, e há uma certa sensação sobre divulgar isso. Aparentemente o não-caucasianismo da Princesa Jasmin, de Aladdin, não contou. ;-) A trilha sonora, da última vez que soube, é jazz "raiz", bem das antigas. Acho, inclusive, que a estória se passa na Nova Orleans de 100 anos atrás, ou algo assim.

Sexta, 18 de Dezembro, teremos o tão aguardado Avatar, de James Cameron. Apesar de ser um filme 'filmado', live-action, ele tem sequências inteiras de computação gráfica 3D, especialmente quando no mundo alienígena onde parte da trama se passa. Meio o caminho trilhado pela nova trilogia de Star Wars, The Matrix, o O Senhor dos Anéis e outras obras, onde a inserção de computação gráfica 3D passa, de mera "decoração", a um elemento importante na narrativa, indo além dos cenários para montar, ou co-montar personagens irreais, contracenando com atores.

Vamos ver como ficarão!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Emile Reynaud

Emile Reynaud foi um pioneiro da Animação. A poucos anos antes dos Irmãos Lumiére apresentarem a primeira sessão de cinema, Reynaud se apresentava com desenhos animados por ele mesmo, em máquinas ópticas de sua criação para seu público. Até onde sei, ele era uma espécie de one-man show, que dos desenhos à bilheteria, ele estava em todas.

Ao ver a projeção dos Lumiére, e entendendo que o processo deles era bem mais rápido, acreditou estar obsoleto e anteviu sua própria falência. Em um ataque de depressão, pegou toda a sua obra - filmes e maquinário - e jogou no Sena.



Le Pauvre Pierrot é uma das poucas obras que sobraram aos dias de hoje. Na entrada anterior do blog, falei do Dia Internacional da Animação. O 28 de Outubro não é por acaso, foi escolhido por ter sido a primeira exibição conhecida de Reynaud.

É curioso ver a escolha do tema. Com personagens como o pierrô e - imagino - o clown em cena, isto me parece demonstrar a popularidade do gênero - harlequinades -, também presente em muitos livros infantis, do outro lado do Canal da Mancha.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dia Internacional da Animação

Em homenagem a este dia, que é hoje, 28, recebo de Marcos Magalhães um belo post sobre a história da Animação, postado no blog da Anima Mundi.

Aliás, tem sessão no Odeon, pelas 19h. Devo conferir.

domingo, 11 de outubro de 2009

O Segredo de Kells

Descolando um convite neste sábado, pela gentileza de um amigo, assisti no Festival Internacional de Cinema Infantil o longa animado O Segredo de Kells (Brendan and the Secret of Kells), uma co-produção belga-franco-irlandesa, ainda deste ano (blog da produção aqui, ficha do IMDB aqui). Do site do festival, a informação:

Em um mosteiro, o mais fantástico dos livros precisa ser concluído e mostrado ao mundo. Esta misteriosa tarefa é dada a Brendan, um menino de apenas 12 anos. Para completar o lendário livro de Kells, ele conta com os ensinamentos do mestre Aidan e com a ajuda de Aisling, uma misteriosa menina-lobo. E ainda desobedece ao seu amado tio, o Abade Cellach, se perdendo na floresta encantada onde a força de uma serpente diabólica protege o incrível olho de cristal. Mas este é apenas o começo da jornada para Brendan se tornar o mais especial dos escribas.

O que a sinopse não conta exatamente é que o filme inteiro se baseia em iluminuras medievais como tema - a confecção do tal livro - e como estética: todos os cenários (lindíssimos, estupendos) e personagens não apresentam perspectiva, apesar de certos momentos sugerir ambiente em três dimensões.

O Segredo de Kells: iluminuras como tema e estética.

Técnica mista, usando animação no papel, Flash e algumas modelagens em 3D, O Segredo de Kells apresenta o pequeno mundo do jovem Brendan como algo incerto e conflituoso: na Idade Média, uma ordem de monges monta uma pequena fortificação que defenda fugitivos dos impiedosos ataques vikings à região, abandonando mesmo sua vocação inicial, a de ilustrar e criar livros. Mistério e magia aguardam Brendan, enquanto ele alastra os limites de seu mundo, e dá vazão à mesma vocação que os monges acabaram por abandonar.

É muito curioso pensar como isto não foi um tema até agora de uma animação, ou ao menos não que eu conheça. A coisa mais próxima disto - e olhe lá - que conheço é uma versão animada da Tapeçaria de Bayeux.

Muito para minha surpresa, descobri ainda agora que o Livro de Kells realmente existe, e é um dos textos bíblicos mais belamente ilustrados na Idade Média, ainda que tenha ficado incompleto. É de origem irlandesa, com a arte local influenciando a arte do manuscrito.

Apesar de estar no FICI, cabe notar que este é um filme "para criancinhas européias", como brincou meu amigo: não é um filme leve, não há exatamente um ponto de alívio na trama... há uma tensão e uma tristeza de fundo, apesar de qualquer sucesso do protagonista.

Mas é um filme belíssimo, independente do que.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

The Mysterious Explorations of Jasper Morello



Dica dada pelo amiguinho Antunes, é uma excelente computação gráfica misturando 3D com teatro de sombras. A técnica era popular antigamente, precedendo mesmo o cinema filmado. A estória é passada em uma ambientação, adequadamente, a la Século XIX. É um estilo de literatura (aspas, aspas) fantástica que se chama hoje de em dia de steampunk, embora a extrapolação aqui esteja bem mais forte do que o normal. Mas o jeitão de época, não só nas soluções gráficas como na ciência esquisita, especialmente na estória, está lá.

Veio por uma certa Monster Distributes, nunca ouvi falar. Mas espero que venham com mais material como este em breve.

domingo, 5 de abril de 2009

E falando nos Incríveis...

... revi hoje de tarde.

Já vinha querendo há algum tempo, tinha mais de ano que não abria o dvd. Pelo menos.

E estava tudo lá. Um dos filmes mais redondos que eu conheço. Uma trilha sonora fenomenal, tudo emoldurando. Uma evocação dos filmes de espionagem (especialmente James Bond, mas não exclusivo a) e séries similares de anos 60/70, seja na trilha, seja no tratamento do tema, até os props - mobiliário, revistas, casas, etc. Tudo sutil, mas está lá, uma vez que ainda é passado nos tempos atuais.

Havia dito, logo abaixo, que é um tratamento similar que ocorre em Monstros vs. Alienígenas, pois evoca filmes B de anos 50/60.

O que me leva a pensar se a tal evocação não é uma forma de se manter o moderno folclore. Explico.

Outro dia, conversando sobre direito autoral com a moça aqui, eu dizia que não acreditava que fosse possível fazer folclore nos dias de hj, além de ficar eternamente citando lendas do passado. Disse ela, "Harry Potter", como exemplo. Já eu disse que ser mitológico não tem model sheet ou direito autoral. Em um mundo em que não dá para patentear "Pinóquio", mas sim sua representação gráfica, como ter esta espontaneidade? Onde a evocação é olhada firmemente por ciosos advogados? Há casos da Disney cobrar de escolinhas e creches seu material pintado na parede, para ambientar crianças. Ou do nosso ECAD invadindo simples festa de criança para cobrar de um pai o direito de reprodução do som da festa (eu não consigo pensar em algo mais fascista, mas enfim...).

Claro que sempre poderá haver crianças, digamos, brincando de Harry Potter ou Senhor dos Anéis entre si (supondo que haja momentos sem o videogame o suficiente para isso, e na verdade crianças que brinquem disso), e brincadeira de criança também é folclore. Ok.

Amigos meus se envolvem com a estranha prática do fanfic: escrita, gratuita para não tomar processo no rabo, de contos de idéias já existentes, como sagas de fantasia, ou até mesmo super-heróis. Por muito tempo achei o fanfic uma boa perda de tempo e criatividade, quando se podia estar fazendo algo próprio (não obstante ter feito o meu As Letais Lágrimas de Lois, que um dia tomo coragem e puxo do fundo do HD). Hoje em dia, entretanto, penso se isso não é uma maneira também de se gerar folclore sobre o que está sedimentado; uma vez que o ser imaginário de hoje em dia, ao contrário de tempos idos, em que várias versões eram apresentadas, por mais até contraditórias que às vezes fossem, eram de quem assim quisessem encarar. O ser imaginário de agora é preso, como citei acima, por direitos autorais e model sheets, e só há uma versão dos fatos a seu respeito (até levando em conta as contradições que não raro grassam em suas próprias histórias, uma vez que todas são igualmente protegidas pela lei).

Ou seja, dá pra haver uma renovação de verdade do folclore, daqui por diante, pelo menos uma que não pise em ovos quanto a questão de ferir direitos autorais (e dai o que Os Incríveis e Monstros vs Alienígenas entraram na conversa)? Não sei. Hoje em dia, as novas idéias, especialmente as que facilmente pegam no gosto do povo, são registradas antes. Será que o futuro do folclore algo a ser ditado pelas regras do mercado? Ou será que o folclore como conhecemos, espontâneo, popular, sem um dono de sua verdade por trás, na verdade chegou ao seu limite natural, face ao que nossa sociedade se tornou?

Mas Os Incríveis continua sendo genial, recomendo muito a todos... :)

É. Hoje foi um dia de verve.

Monstros vs Alienígenas



Assisti ontem Monstros vs. Alienígenas. É o mais novo lançamento da Dreamworks (Shrek), a criançada no cinema pareceu curtir. Vi numa sessão infantil, arrastado por um amigo meu que queria ver a quantas andava o 3D da coisa, ok.

Os óculos não eram descartáveis, o que me deixou cabreiro. Pedi informações, informaram-me que após cada sessão eles eram submetidos a um banho químico e não sei mais o que. De fato, os tais óculos - que até chip antifurto tinham - estavam até com um cheirinho de sabonete, ou algo assim. Devia ser era um desinfetante da porra, daqueles que dissolvem seu dedo se mergulhado por 20 segundos, mas, ok.

Achei meio cansativo, ainda que impressionante, o 3D da coisa. A sessão terminou, senti os olhos ardendo um pouco, estando incômodo até agora. Nota: eu uso óculos, ou seja, não sendo aqueles de grau, foi um sobre o outro. Talvez seja por isso. Enfim.

A animação foi feita pensando na projeção 3D, isso me pareceu claro, face os ângulos, close-ups e enquadramentos.

A história é sobre um grupo de monstros mantidos em custódia e segredo pelo governo americano que acabam sendo a única possibilidade de defesa, face uma invasão alienígena.

Tirando isso, é um filme que tem uma segunda leitura que os mais adultos e mais nerds podem reconhecer: os monstros são inspirados em filmes B dos anos 50 e 60: O Monstro da Lagoa Negra, a Bolha Assassina, um monstro gigante japonês (inspirado em Mothra), A Mosca da Cabeça Branca e a protagonista, que é a Mulher de 50 pés de altura, que até ganhou refilmagem com a Daryl Hannah. Fora uma penca de outras referências de shows similares na mesma nerdsfera.

Curiosamente, a história ainda passa por um desenvolvimento similar ao que se vê em obras como "Shrek" (um dos diretores dirigiu Shrek 2, aliás) e Hellboy 2, a do monstro de bom coração que ajuda a todos e que continua sendo tratado como lixo. Pode ser um tema legal a ser passado para a criançada.

A história lembra um pouco o retumbante Os Incríveis (da Pixar), e não só pelo character design dos humanos


(que, ok, não é história), mas a idéia de brincar com referências cinematográficas de FC, super-heróis e filmes de aventura (espionagem no caso do primeiro, terror-B no caso deste de agora), ou seja, com um referencial cultural mídia-de-massas, está lá. Penso se as referências de videogame não durarão a entrar, se é que já não entraram (sim, já entraram, vira e mexe a geração Atari é de alguma forma representada. Mas lances mais recentes, digo, dos quais não tenho idéia).

Confesso que gostaria de ter visto o lado alien-referencial ter sido explorado da mesma forma, mas infelizmente só havia um alienígena que foi o modelo de todos os outros, este juntando as referências básicas de ser cinza e cabeçudo. Há um quê dos trípodes marcianos, mas fica tudo muito quieto, digamos, em termos de referência.

Eu não sei a quantas anda o cinema 3D, ou se Ms x As é algum breakthru. Só sei que recomendo, a dublagem está boa (Guilherme Briggs, o eterno Freakazoid, roubando a cena, como sempre), a criançada na minha sessão curtiu (especialmente o 3D da coisa).

Recomendo, é bastante divertido, no saldo final.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Madagascar 2




Assisti. Tem o mérito de conseguir fazer rir de velhas piadas, ao mesmo tempo que introduz algumas novas.

Achei que é mais comportado: nada de referências a drogas ilegais, por exemplo.

O humor histérico bem cartunesco está lá. Entretanto, escolha consciente, resolveram dar um tratamento à selva africana (não é em Madagascar, embora lá comece, que se desenrola a história) realista, de filmagem. Bem, é bonito de qualquer maneira, sem dúvida: mas eu prefiro o charme daquela selva cartunesca do primeiro.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Dois eventos I

Quinta passada, no cineclube do MAM, aqui no Rio de Janeiro, passaram uma cópia de Sinfonia Amazônica (1951), de Anélio Latini Filho, que vem a ser o primeiro longa-metragem de animação brasileira.

Anélio foi um lutador, um exemplo do que foi, ao longo de quase todo o Século XX, a figura do realizador de animações no Brasil: um amador se aprimorando em troca de um trabalho ingrato, possuidor de uma paixão única.

Gastou cinco anos para realizar, solitário. Fez sucesso, mas o distribuidor o roubou, mostrando-lhe contas falsas da exibição em outras cidades - a despeito de cartas de fãs que chegavam de várias partes do Brasil, falando das filas nos cinemas. Tentou relançá-lo para captar recursos poucos anos depois, mas uma lei estúpida de então proibia relançamentos, para que novas produções pudessem ter a chance de aparecer nas telas. Iniciativa boa, prática desastrosa, como costuma ser de natureza do Estado. Nos EUA, animações como Branca de Neve são relançadas a cada 10-15 anos sem problema.

Na platéia, a presença de Horácio Young Jr., com seus 70+ anos, que conheceu Latini ainda vivo. Também é profissional de animação, e ainda atua. Emocionou-se ao ver o filme, que aliás vem sendo restaurado. Ano que vem deve sair em DVD. Um breve debate com a sobrinha de Latini, Claudio Bueno, restaurador, um cara do cineclube e os animadores Marcelo Marão e Marcos Magalhães, um dos diretores do Anima Mundi.

Bom ouvir Claudio Bueno, o responsável pela restauração, sobre como ele se envolveu com a obra, e o carinho que lhe dedica. A obra de Latini merece.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Princess



Spoilers abaixo.

De lá do Anima Mundi nesses primeiros três dias, destaco este longa dinamarquês de 2006, aqui no Brasil como Irmão Padre, Irmã Puta.

O desenho segue técnica mista, primariamente sendo animação tradicional, a traço, com diversos complementos em CG, não exatamente interessados em sumir da vista, o que aqui é bom. Segundo o IMDB, 20% da obra é filmada com pessoas de verdade - e um traços mais interessantes é que nesses 20% os seres humanos, carne e osso, interpretando, estão em fitas de vídeo, assistidos pelos personagens animados.

A história é ao redor de August, ex-padre que retorna à cidade natal para cuidar da sobrinha, filha natural da irmã, morta por overdose, envolvida em prostituição e feita uma porn queen de sucesso. August se remói de culpa por ter se envolvido no início da carreira da irmã, e nada ter feito para impedí-la de seguir nessa vida. Ao levar a sobrinha, vai descobrindo aos poucos as marcas, físicas e emocionais, da criança, que em seus breves cinco anos de idade obteve por estar em contato direto com este meio. August, então, horrorizado por ver a irmã exposta em tantas bancas de jornal, locadoras e quetais, resolve exigir que todo o material pornográfico com a falecida irmã seja retirado -- nem que para isto se chegue às proverbiais últimas consequências.

Se Quentin Tarantino fosse dirigir um longa de animação, o resultado seria isto. Seja pelo apuro estético, seja pelo impacto da violência explícita ou de roteiro, é Kill Bill de ponta a ponta.



Faltaria a Tarantino, entretanto, certos momentos líricos presente na obra, que aspiram a tempos mais felizes: do sonho da gaivota ao personagem Multe, este o momento do conto de fadas no meio de uma história de terror, com abuso infantil, morte e sanguinolência, dando o silencioso tom daquilo que está certo ou errado (e sem encher o saco do público no processo, algo fundamental).

Dirigido por Anders Morgenthaler, dinamarquês já com algumas obras em seu currículo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Pô, eu queria...

Pra você, que não entendeu quando desenharam, Animator Survival Kit. Em vídeo-aulas.

Caro que nem o quê. Pena.

domingo, 29 de junho de 2008

Ok...



... eles fizeram de novo.

E mais, não consigo dizer: apenas assistam.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Belo e trágico...

... como o tango. En tus brazos.

Tango, Borges e Buenos Aires. Malditos argentinos.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

What's Opera, Doc?



Um dos mais ambiciosos projetos da Warner Brothers para animação, What's Opera, Doc? (1957) é baseado no ciclo de óperas O Anel dos Nibelungos, de Richard Wagner. Curiosamente, naquilo que, em minha humilde opinião, é o "meaty stuff" da animação, o que vemos são passos e passo de ballet clássico, com dois rigorosos minutos de animação, dos 3:21 ais 5:21 do arquivo acima.

Segundo o IMDB, dois bailarinos que haviam já trabalhado em Fantasia (1940), no segmento da Dança das Horas, foram usados como modelos. Explica muita coisa.

Gostaria de ser mais otimista. Mas creio que o Brasil chegou à Animação no Século XXI, sem ter passado pelo Século XX. Não há estrutura que apóie ou justifique a criação de um curta assim. Jamais faremos Pernalonga nos anos 50, ou Betty Boop nos anos 30, ou Disney nos anos 40, ou, ou e ou...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Novas animações Pixar/Disney anunciadas até 2012

É só clicar aqui.

Que tenha chamado a minha atenção, The Princess and the Frog: uma história passada em Nova Orleans, sobre o nascimento do Jazz. E ainda, em técnica de animação tradicional, ou seja, desenhado e animado à mão.

E King of Elves, baseado em um conto do autor de FC Philip K. Dick (Blade Rnner).

sábado, 29 de março de 2008

Radiografia da genialidade...

... ou, mais simplesmente, as model sheets de The Iron Giant.

Ok, eu sou um fã babão do Brad Bird (Os Incríveis, Ratattouille), mas pqp!

No Brasil, ele apenas passou, na tela grande, no Anima Mundi de 2000, primeiro ano da Praça Animada, ao lado do Centro Cultural dos Correios e Telégrafos. Quando perguntei a um dos diretores do evento sobre um longa comercial sendo passado em uma mostra de autorais, ele disse que não tinha a ver com o perfil, mas era um filme tão foda que, quando souberam que ia sair direto pra vídeo, ele tinha que ser passado em algum lugar com tela de cinema, para fazer a justa homenagem. Não pude concordar mais.

Lembro dum camarada na platéia, na fila atrás de mim, espontâneo, quando as luzes se acenderam, "Titan Aé o caralho!!! Isso é que bom!!!"

Indeed.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Até que enfim!


Levou 20 anos para sair na Botocúndia, mas afinal, está aqui. Talvez seja a grande obra de Katsuhiro Otomo (Metropolis, Steamboy), que nos prepara algo para 2009. A série original em quadrinhos, que leva, acho, cerca de 40 volumes para ser concluída, tentou ser vendida aqui no Brasil, mas acho que não chegou a completar. Era a Editora Globo, eu acho.