Historinha rápida.
Uma senhora de idade, não bem de saúde, condições financeiras que podiam estar melhores (uma combinação sempre perigosa) recusou-se a aceitar a polpuda indenização que o governo oferece agora pelos males da ditadura, uma vez que seu filho morreu - se bem lembro - no Araguaia.
Segundo ela, no dia em que seu filho, décadas atrás, saiu de casa para entrar para a guerrilha, ele estava indo para a guerra. Na guerra, pessoas matam e morrem. Faz parte do processo, é da responsabilidade de quem participa aceitar isto. Aceitar uma indenização, segundo ela, seria uma forma de menosprezar toda a luta de seu filho, sua vida e o que sua morte significou.
É.
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Um comentário:
Cora Ronai falou bem:
A gente pensava que era luta;
não é que, para eles, virou investimento?
Fiquei muito aliviada ao saber que Jaguar e Ziraldo ainda podem recorrer da decisão da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça que lhes deu, respectivamente, R$1.027.383,29 e R$1.253.000,24, mais pensão mensal de R$ 4.375,88.
Devem pedir mais, muito mais.
Cada um vende a alma pelo que entende, mas eu, pessoalmente, acho que ganharam pouco para jogar no lixo duas biografias até aqui tão bacanas.
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