Mais um dia, mais um dia. 94 animações atendidas, or so.
Fechando a casa, pintou um casalzinho. Ela, Letras, sem saber o que fazer direito, acabou por fazer algo rápido, até porque já íamos fechar, resolveu fazer algo com poesia concretista. Ao apresentar para filmar, e ser apresentada ao termo de concessão de direito de imagem, deu pra trás. Desconfiou. Queria ter certeza que sua obra fosse sua, e apenas sua.
Obviamente que eu não podia deixar passar em branco.
"Em todos esses anos nesta indústria vital" - comecei o célebre texto de um dos episódios imortais do Pica-Pau - "esta é a primeira vez que isto me acontece" - completou o namorado, desencanadão.
Ela, irredutível. Começamos a conversar sobre isso, e acabamos falando sobre o MUAn, Linux, software livre -- nada, não acreditava em nada. Achava que começava na boa vontade, terminava no lucro e ambição de alguns. Ok. Historicamente, ela está até certa. O início da era dos micro-computadores, seus desenvolvedores e a M$ podem ser resumidos assim. Mas não quis nem que se filmasse para ver o resultado, sem salvar. Pobre Alan, ela não acreditou nele. Rimos muito, claro, e este episódio será um que lembraremos nos anos a seguir.
E o namorado desencanadão entregou numa boa. "Você assinar a autorização?!" Bem, sim...
Na sessão das 19h da Praça Animada, o curta Despejo, que meus prezadíssimos Gustavo Almeida e Leonardo Siqueira participaram. Gostei muito do que vi, embora achasse que terminou meio que de repente. No geral, bastante satisfatória.
Ainda a destacar de hoje, uma gafe: ao se aproximar da oficina, a tradutora que conheço de milênios de Anima Mundi, acompanhada de visitantes estrangeiros que era óbvio que eram da área, perguntou-me se eu poderia explicar com era o nosso processo. Apesar dos óbvios e dos ululantes, abri com um sonoro: "First of all, are you used to animation?".
Desce o pano, rápido.
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