segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Jogos Olímpicos, hein? - III

Ok, eu realmente deveria deixar esses Jogos de lado. O lance de correr tudo em uma ditadura escrota como a China realmente pega. Deve ser um dilema parecido como o de 1970 e a copa do mundo que deu o Tri ao Brasil, no auge da milicada.

Como em 70, deveria-se ter alguma reação não do COI, que são um bando de vendidos, mas da própria base, ou seja: os atletas. Mas já que o patrocínio, o ego e a obstinação (não necessariamente nesta ou em qualquer ordem) vêm antes, paciência.

Bom ver que há quem fale ainda contra isto. No blog Além do Jogo, uma matéria sobre isso, mostrando inclusive a ótima foto de uma nadadora alemã contra a perseguição política na China.

Mas aqui em casa a turma é fanática, e eu acabo assistindo.



Até porque eu tenho minhas torcidas próprias. A moça acima descobrimos na olimpíada passada, no momento em que as meninas do vôlei tomavam uma coça da China ou Coréia, algo assim. Irritados, mudamos pra outro canal. Tinha um close em uma bela moça, falando rápido e sozinha, como se fosse uma possuída. Em seguida ela ganhava medalha de ouro e estabelecia novos recordes, olímpico e mundial. Hoje de manhã foi a mesma coisa. Medalha de ouro e novos recordes, olímpico e mundial. 5,05m, aliás. Vai encarar?

O tom triste foi da atleta da mesma categoria Fabiana Murer, que simplesmente teve a vara de salto perdida pela organização chinesa (uma sacanagem com ela e em dois atos, já que as piadas infames já começaram). Até o técnico da bicampeã acima foi chiar junto com o brasileiro. Sabem, eu acho isso engraçado. De país com arsenal nuclear ninguém perde nada.

Da Rússia, por exemplo. Que enquanto os Jogos que um dia interrompiam guerras ocorrem, eles entram com areia na República da Geórgia.



As moças acima, de uma categoria de tiro, são da Rússia e da Geórgia, confraternizando no pódio. Isto deveria ser destacado mais na imprensa.

E a essas tantas, vai ficando óbvio que não haverá abertura política de porruma, conforme promessas para o COI (oh, tadinhos, eles acreditaram!); mas antes o reforço de propaganda de um sistema autoritário, carregando o nacionalismo nas tintas. Na terra do filho único, isto será nefando.

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