... a saída de Marina Silva me lembra a de Cristovam Buarque. São os sonhadores que continuam, seis-sete anos depois, os a se machucarem. No luxo que só os de esquerda ainda conseguem, são os que mais vi chegarem longe em suas crenças, seus projetos e sonhos, antes que a escrota realidade, realidade esta estabelecida por um consenso - nunca nos esqueçamos. Juntaria ai Heloisa Helena.
Carlos Minc já nem bem entrou e meteu o pé na porta. A agressividade de quem não tem nada a perder? Tomara que dê certo.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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9 comentários:
"a saída de Marina Silva me lembra a de Cristovam Buarque"
cara, eu gostava da Marina. gostava mesmo. agora... putz, não dá pra comparar!
o Cristovam, além de ser "O" Cristovam (sou fã desse cara), ainda saiu sob a escrota deselegância do Lula, de demití-lo por telegrama. O que é isso, minha gente??? 1, não se demite alguém como o Cristovam, ponto final. 2, se, por acaso isso for necessário, NUNCA sem um ceremonial antes. quééééisso? respeito é bom e eu gosto.
Ou, respeito é bom e conserva os dentes na boca, como já dizia meu pai.
gosto imensamente da Marina, mas caramba... O Cristovam é... o Cristovam!
:)
Eu tinha algumas reservas à ministra por suas posições contra os transgênicos, mas não poderia deixar de apoiá-la face a seus opositores -- os reis da soja de Goiás, os madeireiros da Amazônia e tantos outros tipos sinistros. Mas claramente lamento sua saída, que tem ares de tragédia anunciada.
Eu gosto do Minc, só que acho que ele deveria ter ficado aqui no Rio, que é o lugar que ele entende. Além do mais, ele sempre foi contrário à instalação de Angra 3, que eu vejo com bons olhos. Vejamos o que acontece em seguida.
Daniel
Oba, meus leitores de volta. :)
Pois é, Carol. Um absurdo, um abmudo, um abcego, um abcesso. Já havia sido suficientemente errado o que foi feito e como foi feito com o Cristovam Buarque. Mas agora... é triste ver a turma que realmente quer fazer um jogo limpo - por mais que discordemos de suas posições - descobrir que 'vai morrer na praia'.
Daniel, sim, tragédia anunciada. Tudo errado... hum, vc vê com bons olhos Angra 3 ou a posição do Minc?
Não ficou muito claro, né? Mas eu vejo Angra 3 com bons olhos. Ou, por outra, acho que as críticas típicas que se fazem à instalação de mais usinas nucleares no país muito rasas.
Mas eu sou suspeito para falar, já que gostaria de trabalhar numa delas :-)
Bem, tá todo mundo coçando a cabeça e vendo, que tem que ser nuclear mesmo, até que se consiga a fusão a frio.
As usinas de Angra ficam em um péssimo local. Na melhor das hipóteses, em caso de escapamento de gases, levaria 6 horas para se atingir SP ou RJ -- quero ver evacuarem Rio ou São Paulo nesse período.
Pra não dizer, o lugar é lindo...
Fusão nuclear não sai tão cedo. E se é para sair, não vai ser tendo medo da fissão que as coisas vão andar mais rápido. A grande aposta dos Verdes de vinte anos atrás falhou e agora estamos colhendo os frutos daquela escolha ruim.
O problema não é se deveríamos construir mais uma usina nuclear, mas por que não estamos investindo e construindo mais dez :-)
Não posso falar sobre o plano de evacuação, pois não trabalhei lá (embora meu irmão tenha trabalhado). Entendo que o plano era constantemente revisto e atualizado. Você sabe algo mais sobre isso?
A essa altura, tanto sei quanto você. Mas uma coisa é certa: o trânsito de ambas as cidades não exatamente melhorou, de lá pra cá.
Não sei se o temor da fissão é tão justificado assim, Daniel. Especialmente na época: tecnologia progride, afinal, e a de hj entendo que deva ser bem mais segura do que a de então -- ou a de então já o era suficiente?
Já, já era suficiente. O que ocorre é que os Verdes são paranóicos com essa história de lixo atômico -- que é um problema sério, sim -- e se sentiram justificados depois do acidente de Three Mile Island (onde nenhuma morte pôde ser diretamente atribuída ao vazamento de gases) e depois da catástrofe de Chernobyl.
Three Mile Island teve o agravante de acontecer 12 dias depois da estréia do filme "Síndrome da China", com Jane Fonda. Foi o que bastou para que a atriz fizesse uma campanha pesada contra energia nuclear. E Chernobyl foi o que foi.
O problema real é que há gente demais no planeta; gente que precisa de energia e comida. Então há escolhas a serem feitas: queremos energia que cause aquecimento global, ou uma que é "suja", porém segura se tratada com o respeito que merece?
Outro dia vi uma entrevista com um *ólogo que apontava para, na eventualidade da pobreza ser erradicada até 2030, conforme mais um daqueles acordos entre nações que não dão em muito; ele aponta que quanto mais alta a classe social, mais energia o indivíduo precisa ou gasta, e mais calor é gerado.
Se tivermos uma população global no nível de pelo menos uma classe média escandinava, teremos um aquecimento global como nunca antes, levando em conta a pop. de 2030.
Há gente de mais.
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