segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Obama

Mal começou, duas canetadas: fechar a base de Guantánamo e liberar o repasse de verbas federais para a pesquisa de células-tronco.

Coerente com seu discurso, pelo menos: ele disse que a ciência e a tecnologia seriam postas de volta em um lugar de proeminência, ajudando o país a recuperar sua grandeza. O repasse acima havia sido suspenso pelo cowboy, por motivos religiosos.

Ainda no mesmo discurso de posse, disse que iria combater o terror com inteligência. Belas palavras. O circo de horrores da era Bush ainda tenta se justificar, dizendo que outro atentado tão terrível quanto o 11/set haveria sido evitado, graças à tortura como método de interrogação. Bem, o 11/set poderia ter sido evitado, se fosse dado atenção a todo mundo que alertou os EUA, nesse ponto. Os motivos pelos quais isto foi ignorado, dá medo em pensar. Os menos piores envolvem burrice, mesmo - portanto, o meio da inteligência é eficaz. Os demais entram pela teoria da conspiração.

Claro que podemos pensar que esse fechamento é simbólico, e que na verdade a coisa é capaz de ser varrida para debaixo do tapete, longe das vistas da opinião pública, na prática. Mas quero crer que não. Que, no terrível jogo de interesse da elite das grandes nações, algo minimamente de humano possa estar sendo feito. E que, mesmo neste nicho, a era Bush tenha sido uma aberração.

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