sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Antologia SUPER-HERÓIS
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Os Donos da Verdade
"Os documentos históricos, que fazem parte de nossa história diplomática, e que tenham articulações como o Rio Branco teve que fazer muitas vezes, não podemos revelar esses documentos, senão vamos abrir feridas".Com essa explicação, o velho Senador procura justificar o injustificável: a de que o Brasil tem donos da verdade. E ela não pode vir brincar aqui fora. Deve ser muito feia. Um arrimo de família, meio devagar, para o tamanho que tem. Fica logo evidente. Pega mal, o que a vizinhança vai dizer?
Eu diria que é feio, mas é nosso (ao contrário do que falo de parte da programação do Canal Brasil: meu, uma ova), mas sem nenhum orgulho. Ao invés disso, deveríamos sempre ter a objetividade que pudermos, denotando como isto ou aquilo se deu, e conotando lições que nos façam uma sociedade minimamente melhor: sabem como é, quem não conhece a História corre o risco de repetí-la.
E ainda, a parte do é nosso. Porque é. Nossa História. Temos direito à ela.
Com algumas palavras-chave riscadas, levou menos de 40 anos para o governo americano liberar arquivos sobre a Guerra do Vietnã. Países costumam ter legislações a respeito disto, liberando o máximo que se pode (lembro de um então amigo meu, inglês, cujo avô havia trabalhado para a inteligência britânica na II Guerra Mundial, e na segunda metade dos anos 80 ainda recusava-se a comentar certos eventos: certas ordens ainda estavam valendo).
Mas o Brasil não abre arquivos desde a... Guerra do Paraguai! Isto é um pouco abusivo, para se dizer o mínimo. E quem dá esse critério? Uma mesma "elite pensante" - muitas, muitas aspas nessa hora - que sempre julgou saber o que é melhor para o povo, e apenas manteve um status quo para si e os seus? Não, obrigado.
Mas o que esperar de um Senado que, até pouco tempo, em sua exibição histórica, teve o impeachment desse mesmo Collor um evento ignorado, uma coisa menor, até a chiadeira surgir (se estiver sendo injusto, avisem: mas eu não vi o Senador Lindberg se manifestando aqui...)?
Em tempos de dita abertura dos arquivos da ditadura, pelo paradeiro de pessoas sumidas cujos parentes ainda clamam saber, isto tudo parece um contra senso, um verdadeiro retrocesso, e por que não, um paradoxo...
Agora, uma Marcha pela Verdade, nem pensar, não?
sábado, 4 de junho de 2011
Marcha das Vagabundas
Tá, eu confesso. Marcha das Vagabundas, alguém me explica? Por que tenho cá aqui como fatos, na minha cachola, que:
1. Sim, existe um quadro severo de violência contra a mulher no Brasil (e em outros tantos países. Se mesmo no Canadá, onde isto se originou...).
2. Indumentária gera leitura - e como toda leitura, isto está além de quem a cria.
3. Na natureza, a camuflagem ainda é uma grande opção contra predadores.
E não, não estou afirmando que quem se veste de uma certa maneira "tem o que merece", ou alguma barbaridade dessas. Só que, em nome de quê, exatamente, vale tanto assim tentar a sorte? E em um país justamente como o nosso?
Não me parece que 'liberdade de expressão' e 'estar bem com sua própria sexualidade' sejam o caso além de... sei lá, uma autoafirmação quase adolescente. Quem é seguro de si não precisa de marchas, ou de provar nada através de indumentária... não?
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Thor
Dando sequência a uma mega-história contada desta vez nas telas, assisti ao último filme da Marvel Comics no cinema, do asgardiano Thor.
Não é nenhum Homem de Ferro, mas dá pra se divertir bastante. Natalie Portman me parece meio overkill em filmes como esse, não muito diferente de Gwyneth Paltrow no já mencionado HdF. Curiosamente, não diria isto de Robert Downey Jr. - a canastrice lhe caiu excelentemente bem no papel, afora talvez um pouco de chauvinismo meu, confesso, confesso.
Direção de Kenneth Brannagah, o filme é simples, e direto ao ponto, sem grandes rodeios. Pega a premissa original do personagem, quando criado, e a sintetiza em um filme de duração padrão: orgulhoso demais para o seu próprio bem, Thor é exilado na Terra, e originalmente tinha que viver entre mortais como um médico manco, o Dr. Robert Blake, puxando seus poderes divinos na hora de necessidade. No filme, ele apenas vira um mortal, "Robert Blake" foi uma identidade secreta que lhe arranjaram, marotamente, um ex- da personagem de Natalie Portman que vira o interesse romântico do herói. Thor, até a hora e pouco de projeção, aprenderá o valor da humildade e do sacrifício pelos demais.
O elenco de apoio manda bem. Destaque para Tom Hiddleston, desde já um vilão favorito, ao interpretar o irmão maligno Loki, em uma interpretação que garante ao personagem uma certa simpatia, nem que inicial. E foi bom rever Idris Elba, o eterno - e pra lá de vilanesco - "Stringer" Bell, da sensacional The Wire.
De resto, temos uma Asgard de visual acachapante, Anthony Hopkins de Odin e Titus Pullo de Volstagg. Diversão para toda a família!
segunda-feira, 2 de maio de 2011
OBSama
A Realeza com o Povo se casará,A Igreja o Camponês elevaráE o Dragão do Crescente falecerá.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Doe sangue - tragédia de Realengo
No mais, aqui vai uma lista de bancos de sangue no Rio de Janeiro... Lembrando que, para ajudar especificamente as vítimas de Realengo, só no Hemorio, pois o hospital que está atendendo - o Albert Schweitzer (localização aqui) é público.
A hora da solidariedade é essa, pessoal.
Depois podemos nos perguntar porque só copiamos o que não presta dos americanos.
terça-feira, 29 de março de 2011
Sucker Punch - Mundo Surreal
segunda-feira, 21 de março de 2011
Os Pilares da Terra, por Ken Follet
sábado, 19 de março de 2011
Vinhos, Música e Sabores
quarta-feira, 9 de março de 2011
Enrolados...
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Direito de Escolha?
Uma particularidade vista na Tunísia e sua dita Revolução de Jasmin foi a ausência de movimentos ideológicos ou religiosos: os protestos vieram simplesmente de uma população de saco cheio, com uma perspectiva nula de progresso em suas vidas, e comparando o seu país com países que funcionam. Tem uma hora que enche o saco, simples assim. O exemplo da Tunísia entusiasmou a população do Egito, que também conseguiu depor seu FDP-Mor local.
As mais de 200 mil pessoas vistas naquela praça central do Cairo, por 18 dias -- já estão dizendo que foram os 18 dias necessários para Mubarak & gangue acabarem de roubar e mandar tudo em segurança pra fora --, e que devem estar lá festejando até agora, emocionaram muita gente. Eu achei o maior barato, e espero de coração que estejamos vendo uma repetição de 1989 e a Queda do Muro de Berlim: bastou cair a Alemanha Oriental, o resto foi, de podre.
Mas ai, começam, é claro, as preocupações: o que vai entrar no lugar?
Aos olhos da iluminada burguesia ocidental, a entrada de governos teocráticos, ou religiosos radicais -- o que, pessoalmente, eu acho que não vá acontecer, não acho que a repetição do Irã seja uma regra, apesar da tendência do Iraque, seu vizinho, logo após da derrubada de Saddam Hussein -- representaria não só um perigo, como um retrocesso. Concordo com o primeiro, encrenco com o segundo. Retrocesso?
É claro que eu não quero uma teocracia pra mim, um país burro, com uma só visão, e que muito provavelmente derrubaria direitos de minorias conquistados a muito custo. Deve ser por isso que eu não vou morar no Irã, Mauritânia ou quejandos, percebam. Ou no Arizona, para não ficar apenas em um exemplo.
Mas eu também não vou por juízo de valores na 'escolha popular'. Presentemente, no Egito, ela está sendo muito elogiada por ter posto abaixo seu ditador. E sem bombas, sem auto-imolação e tragédias associadas com radicalismos religiosos, o que realmente nos faz aquecer o coração.
Mas aí subitamente sobe ao poder um Aiatolá Khomehini da vida. Balde. E por aclamação popular. Subitamente, a tão elogiada "voz do povo", "sabedoria popular", será encarada pelo mais liberal dos democratas com a mesma mentalidade de nossos militares na ditadura: povo não sabe/não está preparado para votar.
Ocorre então que, se formos associar Evolução com processos sociais e históricos, que o façamos da forma correta: sem juízo de valores, sem "linha narrativa" levando ao alto, a algo "superior" -- em nossa direção, é claro --, apenas outra transformação, conforme dita a necessidade. Não é pra agradar a mais ninguém, que a eles mesmos. Period.
Das duas, então uma: ou encaramos que somos tão liberais até que nos aperte o sapato -- embora talvez o nosso sapato seja o mais folgado de todos --, e que essa porra de 'direito de escolha' é o caraio e mete escola pra esses putos pra eles aprenderem o que é escolher pois o nosso meio é melhor do que o dos outros ao menos neste caso, o que nos deixa em última análise pelo menos com um ar de hipocrisia; ou engolimos em seco um tal de "Direito de Autodeterminação dos Povos", que não se chama "Direito de Autodeterminação dos Povos Porém", e seguimos adiante. Nem que por uma questão de coerência interna nossa: isso aí é papo ocidental, outras culturas não necessariamente vêem assim. Na melhor das hipóteses, lidere pelo exemplo.
Não gosta? Ignore. Não dá pra ignorar, sorria polidamente. Não dá pra sorrir quando se aglomeram aos nossos portões, pegue em armas. É lícito, neste caso.
E assim caminha a Humanidade.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
O Dossiê Odessa, por Frederick Forsythe
Meu segundo Forsythe, antes deste, só havia lido a coletânea Sem Perdão, alguns anos atrás, e havia gostado. Conhecia o filme, com John "pai da Angelina Jolie, sim, é sério, juro" Voight, que assisti anos atrás e guardei uma boa impressão.
A Odessa, para quem nunca ouviu falar, é uma organização criminosa alemã que se dedicou a ajudar fugir criminosos nazistas da II Guerra Mundial. O submundo desta organização é apresentado, enquanto uma conspiração contra Israel é apresentada.
Frederick Forsythe, pelo que andei apurando, é conhecido por extensas pesquisas sobre o que vai escrever, hábito herdado, pelo que entendo, de sua profissão como repórter. Isto fica claro no livro, pois não a nega ao leitor: querem saber como armar uma bomba caseira e ligá-la a um carro, ou quais são as divisões principais do serviço secreto israelense, ou como se falsifica(va, a história se passa em 1963) passaportes na Alemanha do pós-guerra? Salvo certo floreamento, omissão ou despiste proposital de informações mais sensíveis, e eu espero que haja, leiam O Dossiê Odessa. Seja pela narrativa impessoal, ou pela boca dos personagens, este acúmulo de informações não chateia, de forma alguma, ou a inverossimilhança dos diálogos - monólogos quase, em alguns casos - não incomoda. Acho que uma marca de bom escritor passa, ou pode passar, por ai.
A história pode ser resumida como sendo a de uma vingança pessoal, que move um homem a sair de uma 'zona de conforto' para se envolver com o pior tipo de pessoas possível. No processo, vemos personagens imaginários (o próprio protagonista) e reais (o antagonista) interagindo numa ficção curiosa, onde podemos pensar se este ou aquele têm realmente uma personalidade crível como a apresentada.
Os personagens são apresentados de maneira rápida, às vezes com um certo tom de humor: Peter Miller, o herói, é um jornalista freelancer de sucesso, tipo bonitão, meio cafa, com seu jaguar inglês pra cima e pra baixo; sua mulher Sigi é uma belíssima stripper com o coração de ouro, e por ai vai: os personagens não precisam ser mais definidos além disso, pois o Dossiê Odessa (1972) é uma história de ação e aventura, ainda que uma boa parte seja consumida em investigação, e na movimentação da oposição, da qual o herói mal se apercebe.
A história aborda ainda, em um outro plano, a noção de culpa da população alemã, mesmo poucas décadas depois. É um pensamento complexo, mas que está lá, e merece a reflexão. A saída da 'zona de conforto' acima citada do personagem o traz por estas paragens.
Em suma, vale à pena a leitura.
O Dossiê Odessa (edição de 1976)
274 p.
Editora Record
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Pequeno processo criativo...
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
E o que mais dizer...
Eu só consigo explicar por razões perversas. Gostaria de estar errado, pois nunca mexi na máquina pública. Mas verbas de emergência são mais difíceis de vistoriar do que verbas de prevenção.
Do outro lado, a comodidade, a falta de opções, ou mesmo o status de se morar 'no alto'.
Lembrei até de um documentário mostrando nos EUA ou Canadá, setentrional e congelante o suficiente, de pessoas que moram em área de perigo de... avalanches. Riscos brancos sem árvores nas encostas, ladeados por estradas que era proibido buzinar e ir acima de uma certa velocidade. E nego. Morando. Ali. Ah, mas é do outro lado da estrada, "longe o suficiente". Não era.
Como o falecido comediante George Carlin, falando dos aldeões no Havaí morando ao lado do Kilauea, "and they wonder why there's lava in the living room".
Há um estado irresponsável, criminoso, por no mínimo não desburocratizar a questão de verbas de prevenção, etc. e tal? Sim, é claro e evidente que há.
Mas vamos por a mão na consciência, também.
***
Contas para doações em dinheiro:
SOS Teresópolis – Donativos
Banco do Brasil
Agência: 0741-2
Conta: 110000-9
Caixa Econômica Federal
Agência: 4146
Conta: 2011-1
Prefeitura de Nova Friburgo
Banco: Banco do Brasil
Agência: 0335-2
Conta: 120.000-3
Defesa Civil – RJ
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0199
Operação: 006
Conta: 2011-0
Fundo Estadual de Assistência Social do Estado do Rio de Janeiro
CNPJ 02932524/0001-46
Banco: Itaú
Agência: 5673
Conta: 00594-7
Campanha SOS Sudeste (CNBB e Cáritas Brasileira)
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 1041
Operação: 003
Conta: 1490-8Banco: Banco do Brasil
Conta: 32.000-5
Saiba como ajudar com doações aqui.