segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Deixe Ela Entrar
Deixe Ela Entrar é um filme independente sueco de 2008, que conta a história de duas crianças em início de adolescência que vão construindo um entendimento, um relacionamento, um primeiro namoro. É um belo filme.
Deixe Ela Entrar também é um filme de terror, onde crueldade encontra inocência, e a corrompe lentamente. É um filme perturbador.
Ambas são formas de apresentar este filme, e são formas incompletas de defini-lo.
Há uma versão americana, que, é claro, só pode resultar em um filme óbvio, já a contar do trailer. Evitem-na.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
RED - Aposentados e Perigosos
Assisti RED ontem. Pipoca de primeira, com um elenco veterano que, dá a impressão, estão se divertindo horrores filmando aquilo.
Por elenco veterano, entenda-se, é com Bruce Willis, Helen Mirren, Morgan Freeman, Brian Cox e John Malkovich (impagável, rouba a cena), Richard Dreyfuss e, surpresa minha total, Ernest Borgnine, ainda vivo, mais veterano do que todo o resto.
A idéia não é nova: bando de "oldtimers" volta à ação pelo motivo x, e ainda mostra à nova geração como as coisas são feitas. Em 2000, Cowboys do Espaço era com Clint Eastwood, um elenco também de veteranos e a mesma premissa. Mais recentemente, Os Mercenários veio com o mesmo princípio, com Willis de quebra. Nos anos 80-90, os filmes de Jornada Nas Estrelas apresentavam a noção do "we are too old to this shit", como fizeram os filmes de Máquina Mortífera.
É o típico filme que se baseia na simpatia da idéia por trás dos personagens, que é garantida por carisma e talento de atores que todo mundo gosta de ver ou rever.
Pela nova geração, que sinceramente só está lá como escada para os verdadeiros astros (ao contrário do que se vê ocorrendo), Mary-Louise Parker e Karl Urban, este no inglório papel de opositor aos heróis. Urban, que vem fazendo filmes de ação, é uma nova promessa (já cumprida) do gênero. A troca de sopapos entre ele e Willis tem um quê de simbolismo, e é a melhor luta do filme. Confrontação de gerações mais gentil é o agradecimento "por tudo" de Willis a Borgnine, um senhor nonagenário, aliás.
De resto, é ver e se divertir.
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